segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Releituras de Giuseppe Arcimboldo

Objetivos:
O Jardineiro
Reconhecer a vida e a obra de Giuseppe Arcimboldo;
Identificar as características da sociedade renascentista;
Relacionar a sociedade de Arcimboldo com nossa sociedade;
Identificar os elementos que compunham as obras;
Manusear alimentos;
Explorar as características dos alimentos;

Materiais:
Obras impressas de Giuseppe Arcimboldo;
Frutas, legumes e verduras.
Permitir que as crianças observem, manuseiem e questionem as obras, identificando seus elementos.
Após disponibilizar às crianças os materiais (frutas, legumes verduras) para que explorem suas características: peso, tamanho, textura, etc. Conforme o nível, é possível utilizar uma balança de precisão para observação do peso.
As releituras poderão ser feitas conforme a criatividade do grupo. Nesta etapa, é possível trabalhar, dentre outros elementos transversais, a cooperação.
Para finalizar a atividade, as crianças poderão utilizar os alimentos em suas brincadeiras, como restaurante (com alimentos de verdade).



segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O ambiente estimulador da Educação Infantil


                 O ambiente da Educação Infantil é estimulador por natureza. Em sua gênese, a integração e a socialização entre as crianças possibilitam que haja um diálogo contínuo entre os pares em todas as etapas da rotina escolar. Cantigas, brincadeiras, questionamentos, experimentos e busca de respostas através da brincadeira e da ludicidade tornam o educador infantil um ser que dialoga. O educador infantil dialoga constantemente com seus estudantes e com suas práticas diárias. E é neste diálogo que há a avaliação contínua e cumulativa de sua prática.
                 Através de projetos que surjam das necessidades dos estudantes, o educador pode estimular o desenvolvimento da autonomia e da criatividade dos estudantes. Quando as crianças levantam hipóteses, são estimuladas a questionar e a pesquisar para buscar respostas, através da curiosidade nata  e na construção da aprendizagem.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Como os barcos navegam?

Justificativa:

“No início é só água solta, sem rumo, que se amontoa. De repente, surgem todos numa mesma direção, numa gigantesca onda, num movimento intenso de busca. Depois, como se estivesse amainado o ímpeto da procura, a onda se desfaz calmamente numa serena paz”. (FREIRE, 2011, p. 104).

Através da concretude dos acontecimentos e do despertar da curiosidade, as crianças podem compreender conceitos e assimilá-los em seu dia-a-dia. Nesse sentido, a exploração do conhecimento que a criança traz, adicionado às experimentações praticadas por ela, pode tornar a educação um ato de conhecimento mútuo e contínuo.

Material:
  • História "Soldadinho de Chumbo" (contos de Andersen);
  • Jornal;
  • Banheira com água.


Procedimentos:


A atividade nasceu a partir da curiosidade das crianças acerca da história "Soldadinho de Chumbo". Os questionamentos perpassaram o mágico e as peripécias da história, ganhando um sentido científico:

"Como o barco carregou o soldadinho até o boeiro?"
"Como o barco demorou para afundar?"
As crianças fizeram a dobradura do barco com o jornal e foram buscar respostas às suas perguntas com a experiência, descobrindo elementos como a força do vento e o movimento das ondas.
A atividade culminou com o registro de um texto coletivo relatando as descobertas.

Referência:

FREIRE, Madalena. A paixão de conhecer o mundo. São Paulo: Paz e Terra, 2011.



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Brincando de motorista

Justificativa:

A melhor maneira de uma criança compreender o mundo à sua volta é através da brincadeira. A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento.

Objetivos:
  • Identificar a sinalização de trânsito;
  • Reconhecer os bons hábitos de motoristas e pedestres;
  • Identificar os sentidos (vias) do trânsito.


Material:
  • Papel pardo
  • Canetas hidrocor
  • Giz de cera
  • Carrinhos de brinquedo


Procedimentos:

Permitir que as crianças participem do desenvolvimento da atividade, que inicia com a construção da pista no papel pardo e os diversos cenários que podem compô-la.
A sinalização de trânsito pode ser decidida pelos pequenos, pois, como estas são inerentes à sua realidade, pode, facilmente, identificá-las e confeccioná-las.




domingo, 15 de setembro de 2013

Horta suspensa

Material:
  • garrafas pet
  • barbante

Como montar:

  • Perfurar as garrafas e uni-las com o barbante. Colocar terra até metade, fazer "furinhos" com o dedo e enterrar as sementes.

Dicas:
  • Sementes de rúcula crescem bem rápido!
  • Regar a cada dois dias... A horta necessita de sol (não muito intenso) para crescer mais rápido.


sábado, 14 de setembro de 2013

Careca e cabeludo

Objetivos:
  • Identificar algoritmos não convencionais de adição ou subtração;
  • Criar noções de "maior/menor";
  • Reconhecer as cores.



Material:

  • Papelão;
  • Tinta guache;
  • Grampos de roupa;




Como fazer:
  • Desenhar as cabeças com caretas diversas no papelão, colorir e recortar. Colorir também os grampos de roupa.

O jogo:

  • Dois grupos para cada "cabeça". Jogar um dado (com quantidade ou algarismos), cada grupo na sua vez.
  • No trabalho com a subtração, por exemplo, o grupo que tirar maior/menor "valor" no dado, retira um "cabelo" (grampo).
  • A exploração da atividade fica a cargo do professor.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Móbile das Sensações

O móbile das sensações remete-nos às lembranças de nossos antepassados ainda crianças que, na inexistência de chupeta, lhes eram proporcionados chás ou ervas medicinais envoltas em pequenas “trouxinhas” de tecido para serem sorvidas.
A atividade desenvolvida tem o objetivo de aguçar a curiosidade através do estímulo sensorial. A utilização de materiais variados, como chás calmantes que podem ser sugados é fundamental para as percepções gustativa e olfativa. O fato de serem tecidos coloridos, com formatos diversos estimulam a visão. Outros materiais, como sementes ou grãos podem ser tateados e também estimuladores auditivos, podendo ser identificados texturas e sons.
A atividade é indicada para crianças menores de um ano de meio, que não tenham a dentição, sob o risco de furarem o patchwork.

Material:
  • Retalhos de tecido
  • Ervas medicinais diversas
  •  Linha e agulha
  • Cavalete de madeira ou PVC
  • Cabides ou arco de mosqueteiro
  • Espuma ou fibra
  • Elástico, fita mimosa ou fio de nylon


Como realizar:
  • Recortar os tecidos em formatos variados e preenche-los com as ervas medicinais.
  • Costurar em formato de patchwork.
  • Fixar o elástico, fita mimosa ou fio de nylon.
  • Fixar no cavalete e/ou cabides.
  • Observação 1: No caso do cabide, pode ser afixado no teto, sobre o berço.
  • Observação 2: A sugestão é que na utilização de cavalete de madeira seja feito uma forração com espuma ou fibra e tecido, para evitar que a criança de machuque.





quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Avaliando na Educação Infantil

O conceito de avaliar mediante os Parâmetros Curriculares Nacionais não se restringe aos sucessos ou fracassos do estudante, mas se constitui como ferramenta qualitativa de avaliação contínua e sistemática (1997, p. 55).
Dentro da educação infantil, todas as formas de registro podem ser consideradas instrumentos que auxiliam o educador na construção dos pareceres dos estudantes. Sua capacidade de interação, suas formas de expressão, sua concentração e envolvimento com as diversas atividades são subsídios importantes de situações de aprendizagens em que podem ser oferecidas à criança novas possibilidades de conhecer, vivenciar e crescer (RCNEI, 1998, p. 65-66). Como descreve Junqueira Filho (2005, p. 71), a leitura e a articulação de signos são fundamentais para que o educador construa arquivos de registros do histórico dos estudantes, formulando assim, uma documentação do processo de ensino-aprendizagem.
As situações mencionadas acima se refletem no cotidiano escolar, especialmente no que se referem às pequenas construções do sujeito, tais como sua construção de identidade, autonomia, relações com seus pares, relatos e compartilhamento de vivências, conhecimento e respeito às diversidades.
Através da criação de projetos, sejam elas emergentes da parte “cheia” ou “vazia”, são bons instrumentos para detectar as necessidade do grupo e as peculiaridades de desenvolvimento de cada criança. Com estes é possível dar ênfase a atividades diversificadas, abrangendo todas as áreas de conhecimento, partindo da experiência do estudante. Os registros das atividades individuais ou coletivas são instrumento de documentação da caminhada da criança nesta etapa da educação básica.
Mais do que uma avaliação, o parecer é um documento de registro da trajetória do estudante. Dessa forma, é preciso que haja uma clareza na descrição dos fatos, de modo que estes não possam ser duplamente interpretados. Algumas palavras podem ser “amenizadas”, mas as situações nunca podem ser omitidas, pois o principal objetivo é a evolução do estudante. As atividades devem ser descritas, especialmente as mais significativas (individuais, coletivas) e os avanços da criança com relação a ela. Suas relações são potro ponto que merecem destaque: suas preferências, inquietudes e relações com seus pares.


Referências:

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamenta. Parâmetros Curriculares Nacionais. 1997. Vol. 1.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.  Brasília, 1998.

JUNQUEIRA-FILHO, Gabriel de Andrade. Linguagens Geradoras: seleção e articulação de conteúdos em educação infantil. Porto Alegre: Mediação, 2005.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Xadrez vivo

Material:

  • Tabuleiro em tamanho grande;
  • Indumentárias ou acessórios que caracterizem reinos.


Temas abordados:

  • Contagem oral;
  • Quantidade;
  • Sequência numérica;
  • Algoritmo não-convencional;
  • Situações-problemas.


Objetivos:

  • Potencializar habilidades matemáticas;
  • Criar hipóteses e estratégias;
  • Utilizar linguagem matemática não-convencional;
  • Comparar, estabelecer relações, diferenciar, registrar.


O jogo:

  • Formado por dois reinos distintos, representados por cores diferentes.
  • As peças devem movimentar-se de acordo com as regras estabelecidas pelo grupo, para que se consiga "capturar" o maior número possível de guerreiros do reino oposto para auxiliar seu próprio reino.
  • Os jogadores que comandam o tabuleiro, movimentam as peças de acordo com as coordenadas (Exemplo: 6-B; 4-E...)



segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A mágica de ser professor


Ser professor é ter a capacidade de compreender o passado, viver o presente e prever o futuro.
É ser dotado de capacidade mediúnica e sensitiva.
Ser professor é ser mago, mágico, ilusionista.
É ter em suas mãos os mais inimagináveis instrumentos para abrilhantar seu espetáculo.
É aperfeiçoar seus truques para encantar a plateia.
É sempre tirar o coelho da cartola e ter uma carta na manga.
É ter em suas mãos uma varinha de condão para amenizar as mazelas da humanidade.
É ser sempre aprendiz em sua constante (e árdua) jornada pela educação.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Motim no berçário: pelo fim das grades e libertação dos bebês


Motim no berçário: pelo fim das grades e libertação dos bebês

Passarinho, vai-te embora
deste raminho fronteiro,
que em meu rosto cor da noite,
de prantos cai um chuveiro...
Vai cantando a liberdade,
que eu choro meu cativeiro. [...]
(Juvenal Galeno, Cativeiro)

A hegemonização das práticas pedagógicas e a incessante necessidade de “fundamentalizar” (referindo-se ao Ensino Fundamental) a Educação Infantil tem se tornado um fato inerente à rotina escolar. O que se iniciou com a reorganização do Ensino Fundamental através da implantação do ensino de 9 anos (e, consequentemente, a redução de uma etapa da Educação Infantil) através da Lei Federal nº 11.114 de 16/05/2005, reflete-se negativamente em todas as etapas da Educação Infantil.
Este fato se evidencia especialmente com as crianças que frequentam as turmas de Pré B (5 anos) possuem uma rotina maçante e mecanizada, que se resume em aprendizado de letras, números e uma alfabetização precoce e superficial, fato este que não se difere das demais etapas deste nível. A tríade base da Educação Infantil, proposta pelos RCNEI – educar, cuidar, brincar – é apenas citada nos documentos escolares que são comumente esquecidos nas gavetas das secretarias e amarelados pelo tempo e falta de uso.
Esta situação se agrava quando a conversa entra nas quatro paredes destinadas aos berçários. O “cuidar”, dissociado da tríade, torna-se assistencialista e “maternalista”, entrando no âmbito histórico da questão e à sua relação de gênero (mãe, tia, cuidadora). Aliado a isto, surge a “fundamentalização” dos berçários, iniciando-se pela organização metódica do espaço físico deste (GOBBATO, 2001, p. 26).
A imagem do berçário contemporâneo faz alusão às penitenciárias, em que os bebês (pequenos detentos) passam horas de seu dia nos berços (celas) dormindo ou procurando algo que vai além do alcance de seus olhos. As refeições são padronizadas e distribuídas da mesma forma, visando a agilização do serviço prestado pelas professoras (carcereiras). Em um momento curto e “recreativo”, as crianças observam, examinam, exploram aquilo que estiver em seu alcance (tal como no horário “do sol” nas penitenciárias).
Gobbato (2001, p. 116) mostra em sua pesquisa a rigidez do tempo, que é institucionalizado e convencionado pela escola, para atender às necessidades dos professores. Se forem as crianças os principais personagens a serem beneficiados com o tempo, este deveria obedecer à heterogeneidade das turmas. Especialmente se tratando de bebês, cada curto espaço de tempo compreende a uma nova experiência, a um novo estímulo e um novo desafio a ser superado. Guimarães (2011, p. 128) relata que “a organização do tempo e sua articulação com a distribuição das crianças no espaço, ligadas intimamente com as necessidades biológicas [...] modelam e dirigem o corpo” em trajetórias elaboradas pelos adultos a fim de atender suas necessidades.
A fuga é uma utopia a todos aqueles que estão encarcerados. A autora relata com primazia passagens em que as crianças “fogem” de suas professoras, a fim de vislumbrarem outros elementos que estão fora de seu alcance e de sua rotina homogênea (Gobbato, 2001, p. 115). O fato de uma criança observar atentamente uma poça de água e querer tocá-la, perpassa o âmbito da rebeldia e invade o terreno da curiosidade de mundo, da necessidade de descobrir novos elementos e agrega-los a seu cotidiano. Como descrevem Souza e Weiss (2008, p. 38) “a prática pedagógica com bebês tem características muito particulares; para lidar com crianças dessa faixa etária é preciso construir vivências significativas, envolvendo exploração, com todos os sentidos.” (grifo meu).
A rotina é primordial para que se estabeleçam prioridades, combinados e direções para educadores e estudantes. Mas, diferentemente de uma rotina estanque e engessada, se esta for trabalhada de firma significativa a atender as necessidades e emergências dos estudantes, bem como aproveitando as oportunidades de novas descobertas por parte dos bebês, este “conteúdo” passará a ser fundamental para o desenvolvimento destes pequenos estudantes.
O grande desafio para os novos educadores está em libertar as crianças das grades da rotina escolar, aproveitando cada oportunidade que o dia-a-dia traz, sendo este um bônus para a carreira docente. Cada novo bater de asas traz consigo uma nova possibilidade de voar longe e explorar novos horizontes.


Referências:

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.  Brasília, 1998.

BRASIL. Lei Federal nº 11.274, de 06/02/06 - Altera a redação dos artigos 29, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade.

GUIMARÃES, Daniela. A relação entre bebês e adultos: responsividade como ética. In.: ____. Relações entre bebês e adultos: o cuidado como ética. São Paulo: Cortez, 2011. Cap.3.

GOBBATO, Carolina. Os bebês estão por todos os espaços: um estudo sobre a educação de bebês nos diferentes contextos de vida coletiva de escola infantil. Porto Alegre, 2011. Disponível em: http://hdl.handle.net/10183/29947. Acesso em: 01/07/2012.

SOUZA, Andressa Celis; WEISS, Vanilda. Aprendendo a ser professora de bebês: experiência de estágio com crianças de oito meses a dois anos. In.: OSTETTO, Luciana Esmeralda. Educação Infantil: saberes e fazeres na formação de professores. Campinas: Papirus, 2008 (p. 33-48).

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A hora da roda...

A hora da roda é um momento fundamental na rotina da Educação Infantil, onde são esclarecidos os objetivos da aula, relembrados os combinados e também é a oportunidade do grupo falar sobre suas angústias e receios, compartilhar as novidades, expor suas opiniões e sentimentos.

Então, iniciando a roda, quero compartilhar ideias de jogos, brincadeiras e atividades referentes a Educação Infantil. Também é a oportunidade de falar sobre meus olhares e vivências na educação.

Um forte abraço,

Daiane.